Natal é agora

















Quando teu tempo for pouco
Quando os dias forem os últimos
E a vida encenar seu ato final
O que valerá teu choro contrito?
O que trará, ao final da longa jornada,
A lembrança amarga dos dias frios e estéreis?
Eles produziram mil lágrimas silentes
Nenhuma testemunha
A lamentar tua miséria de amor.

Começa um natal agora

Antes que o tempo escorra em vão
Entre as ilusões que esgotam a alma
Nos labirintos de desejos chãos
Nos abismos onde se precipitam os insensíveis
Que, no pulo covarde,
Mergulham no vazio das relações sem luz,
Intoxicados por mascarada tristeza
Sob o torpor das alegrias fabricadas
Invenção humana para anestesiar
A poderosa e latejante angústia
De um pobre deus encarcerado na criatura.

Comentários

Postagens mais visitadas